e vocês, sobreviveriam à noite dos mortos-vivos?


é comum em filmes de terror as personagens cometerem erros crassos, que determinam o seu desaparecimento precoce do ecrã, e ainda é mais comum os espectadores comentarem sobre essas mesmas faltas de discernimento óbvias, seja berrando ainda na sala directamente para as potenciais vítimas, seja mais tarde, em tertúlias post-mortem da mais etérea erudição, com um esgar revelador de sabedoria e preparação inatas para situações passíveis de induzir a não-viabilidade num par de segundos. se a primeira situação decorre muitas vezes de fraqueza ou pragmatismo do argumento (no sentido de aproximar a personagem do escalão médio de q.i. do espectador médio, fornecendo-lhe ampla desculpa para simultaneamente barafustar e fruir de violência excessiva gratuita), já a segunda consiste muitas vezes em pura gabarolice e tolice. numa situação "real" de stress extremo, é mais fácil cometer erros do que agir racionalmente, na maior parte dos casos. as escolhas não são tão óbvias como gostaríamos que fossem.
não quero desculpar argumentos preguiçosos e prefiro sempre vítimas inteligentes, mas se vos calhasse a vós estarem enfiados numa casa com uma horda de zombies a aproximarem-se, o que fariam? gniarghahahahahahahahahahah, escolham bem, se não querem que o filme acabe convosco!