vlob: don hertzfeldt

don hertzfeldt, apesar do nome desnecessariamente complicado, nasceu na califórnia e logo em 1976. é uma lenda (viva) da animação independente (a que normalmente não dá dinheiro mas que se farta de ganhar prémios) e não resistimos quando lemos na wikipedia que as suas influências são Stanley Kubrick, Monty Python e David Lynch. um cheeseburger para este senhor. para saberem mais coisas, há um site daqueles muito pessoais aqui. o filminho abaixo (mais de 9 minutos, hã) reúne várias micro-animações e chama-se rejected porque foi isso mesmo pelo family learning channel e por uma empresa de coisas para a casa (vá-se lá saber porquê), catapultando-o para uma espantosa carreira de culto. inteiramente merecida, como poderão apreciar. mas atenção: acaba mal.


uma sugestão: gilles tran


trata-se de um engenheiro agrónomo francês, evidentemente. um autodidacta no que à arte digital diz respeito, o seu site é um manancial de imagens, informações e ferramentas de software de rendering em 3d, entre outras coisas.
(nós também conseguíamos fazer isto, se quiséssemos. era só querer)

chanson d'automne

Les sanglots longs
Des violons
De l'automne
Blessent mon coeur
D'une langueur
Monotone.

Tout suffocant
Et blême, quand
Sonne l'heure,
Je me souviens
Des jours anciens
Et je pleure;

Et je m'en vais
Au vent mauvais
Qui m'emporte
Deçà, delà,
Pareil à la
Feuille morte.


Paul Verlaine (1844-1896)

porque é que isto não se chama "o blob"

... porque o nome estava tomado.
mas a verdadeira, secreta e íntima razão não é essa, não senhor. há muitas luas atrás, éramos nós mais novos (o que tem sentido), quando ditámos a teoria definitiva sobre o que estava mal em portugal e sobre a única maneira de fazer frente ao miasma. tornou-se rapidamente conhecida como a [teoria dos "pês"]. os dois para simbolizar o marcar passo nacional eram o porreirismo e a pachorra. o primeiro está mesmo a ver-se o que é - "é uma besta, mas no fundo é um gajo porreiro"; "isto é um tugúrio, mas até é porreiro"; "não é boa, mas é porreira". esta hipocrisia mata tudo. o segundo é assaz mais profundo - a básica falta de pachorra para fazer o que é preciso fazer. não é de paciência, de estímulo, de motivação, de drive, de saúde, de dinheiro, de conhecimento, de boa educação, de civismo, de solidariedade, de auto-estima, de orgulho, de brio, de lata, de obrigação. é de pachorra. isto mata tudo. e claro que a única solução para cá se continuar sem nos atirarmos ao poço ou à aldeia espanhola mais próximos é evidentemente a perseverança do propósito. sobre esta pessoalíssima filosofia de vida vários tomos epistemológicos (e outros sem lógica nenhuma) foram escritos, dissecando os seus infinitos parâmetros. a nós, aqui, basta dizer: continuar, carago. não é a tudo, atenção. só a acreditarmos nas pessoas com quem mais fazemos amor: nós.
assim seja o nome deste blob uma chamada às armas. não as do hino, porque já perdemos de vez a pachorra com este tugúrio à beira-mar mal plantado (não foi plantação biológica de certeza), mas as do sentido crítico, do sentido de humor, do sentido mais do que percebido, do sem sentido mas genuíno e também do tacto, que é um dos sentidos mais menosprezados.
assim seja o nome deste blob um questionar permanente do propósito da perseverança.
assim seja o nome deste blob a resposta a pelo menos uma pergunta.
e assim seja o blob (original):





sim, é o steve mcqueen. e sim, assustou-nos de morte quando o vimos, apesar de dar um grande nome de belogue.

vlog: ensaio sobre a cegueira

prestem atenção a este vídeo sobre segurança para ciclistas da transport for london. ele trata de um fenómeno denominado "cegueira à mudança" ou "cegueira da desatenção": apenas uma pequena fracção de toda a informação percebida pelo nosso cérebro permeia a consciência; se nos estivermos a concentrar sobre algo, podemos tornar-nos cegos a acontecimentos de que nos aperceberíamos normalmente (essa é a razão porque muitos carros chocam com ciclistas, aparentemente). façam o teste.

fotografia de um espartilho

What is it indeed that gives us the feeling of elegance in a solution, in a demonstration? It is the harmony of the diverse parts, their symmetry, their happy balance; in a word it is all that introduces order, all that gives unity, that permits us to see clearly and to comprehend at once both the ensemble and the details.
foto - corset, new york, 1962, por Jeanloup Sieff

citação - Henri Poincaré, matemático




uma sugestão: james jean






tal como a sua biografia exaustivamente refere, james jean nasceu em 1979. desenha capas para a série de bd fables, entre outras coisas. e a série que fez para a prada é imperdível. gasp.

vlob: tron



Colocado por freres-hueon

a melhor cena do filme de f-c tron (1982) recriada com a ajuda da mais baixa tecnologia, numa antecipação clara do futuro de todo o cinema manual - muito à frente do digital - por um bando de franceses geniais com demasiado tempo nas mãos. diga-se de passagem que esta versão supera largamente a original (porque não fizeram o filme todo assim?).

vlob: chris cunningham




excerto de flex (2000)

uma sugestão: phil hale




phil hale é um artista americano que vive em londres, algo recluso. notámo-lo pela primeira vez no jogo de cartas coleccionáveis Dark Age, mais tarde em RPG's, depois em livros, do próprio e não só (incluindo capas para a penguin classics) e finalmente (muito pouco) na rede. as suas imagens reflectem normalmente uma captura de movimento confrontacional, uma orgia surreal da crispação expressionista do corpo em tensão, em cenários depurados e emocionalmente carregados na sua recusa em deixar o racional interferir com o fluxo do subconsciente. em suma, gostamos. mais imagens aqui.

south park. todo. online.



trey parker e matt stone criaram south park. agora, acabam de nos dar todos os episódios - incluindo os actuais - de graça. um duplo cheeseburger para estes senhores. distanciando-se do omnipresente youtube (até agora a fonte mais comum para visionamentos de excertos, tornada incómoda pelo facto da viacom, a empresa-mãe da comedy central, que produz a série, a estar a processar), a dupla reforça a sua ideia de disseminar south park com vista à dominação mundial. e que melhor maneira do que dá-la de borla (que é como quem diz, grátis)? por enquanto os episódios não têm publicidade, mas consta que será sol de pouca dura. portanto, vão. até podem criar o vosso próprio avatar à la s.p.

quem disse que a diplomacia não é animada?


para gáudio certo dos seus milhares (milhões?) de fãs, Doraemon, o gato cósmico, é o mais recente representante diplomático do país do sol nascente. apresentado pelo ministro dos negócios estrangeiros japonês como o primeiro "embaixador de animação" do seu país, a sua missão é promover a cultura popular nipónica pelo mundo fora. na cerimónia oficial de indigitação, a figura do gato sem orelhas (que vem do século XXII e possui um bolso mágico de quatro dimensões na barriga, de onde retira todo o tipo de objectos úteis, normalmente para ajudar o seu amigo Nobita, um rapaz desastrado e preguiçoso) foi presenteada com um certificado e com uma pilha de panquecas dorayaki, as suas preferidas.

a notícia foi dada pelo mui respeitável guardian.

imagens necessárias: Kertész


chez Mondrian, paris, 1926

lucy

[...]

She dwelt among the untrodden ways
Beside the springs of Dove,
A Maid whom there were none to praise
And very few to love:
A violet by a mossy stone
Half hidden from the eye!
Fair as a star, when only one
Is shining in the sky.
She lived unknown, and few could know
When Lucy ceased to be;
But she is in her grave, and oh,
The difference to me!
[...]

William Wordsworth (1770-1850)

what's the matter?


e por falar nisso, esperamos ainda mais febrilmente por matter, o mais recente livro do fascinante autor britânico de f-c Iain M. Banks, que se passa na culture, a civilização galáctica por ele inventada e onde decorrem várias das suas inteligentíssimas obras - entre elas the player of games e use of weapons, quanto a nós dois dos melhores livros do género ever. a culture é uma espécie de projecção utópica da humanidade, governada na prática por máquinas (minds, naves gigantescas com qi infinito e personalidades muito próprias, coadjuvadas por drones ou uma espécie de andróides companheiros dos humanos), onde existem evidentemente muitas raças alienígenas, as pessoas podem viver meio-milénio e até podem mudar de sexo as vezes que quiserem, entre outras coisas interessantes. mas está tudo (mais bem) explicado aqui.

empowered

é bem possível que esta seja a nossa bd preferida do momento. senão, vejamos: a heroína é mais did (damsel in distress, para os não-iniciados) do que heroína; aliás, ela é mesmo uma super-heroína, devido ao fato algo justo que usa e que lhe dá os super-poderes - que vão desaparecendo à medida que este é rasgado - o que acontece sempre, dado que, apesar de ser desenvolta cerebralmente é um tudo nada trapalhona e azarada ; é desenhada pelo Adam Warren, que, no seu estilo nouveau-manga, sabe onde colocar as curvas e o humor (exemplo ilustrativo: The Dirty Pair); contém a nossa variedade predilecta de jargão americano, que mistura coolness com geekness, servido por um sentido de timing e de humor arrasadores; é leve e superficial como a condição humana; e tem, página sim, página sim, uma ou várias damas em apuros, em poses assumidamente assumidas para connoisseurs. aliás, está tudo explicado pelo próprio autor aqui mesmo. aguardamos febrilmente o terceiro volume da saga (que já saiu lá fora).

línguas em terras estranhas


a ficção científica usa abundantemente a linguagem como parte integrante na construção de futuros, passados ou presentes alternativos, socorrendo-se de jargão tecnológico, neologismos, derivações de línguas arcanas ou esotéricas, da própria estrutura sintáxica para produzir certos efeitos ou carrément inventando novas línguas, alienígenas ou não. a Eastern Michigan University e a autora de f-c Suzette Hayden Elgin fizeram-nos o favor de coligir uma lista das obras de f-c (e outras, menos rotuladas) onde se destacam de algum modo a linguística ou linguistas, incluindo a linguagem animal (o livro Tarzan dos Macacos está incluído). note-se que se trata de um work in progress, pelo que se aceitam sugestões e adições de obras. e sim, está lá o Pygmalion de G.B.S., naturalmente.

a luta continua

longe de pretendermos parecer paranóicos ou apenas esquisitos, não resistimos a revelar aqui uma das maiores ansiedades que nos assola o espírito: a certeza quase certa de que os objectos inanimados se encontram em estado de revolução e que nos pretendem aniquilar na primeira oportunidade. aniquilar ou pelo menos amolar-nos o juízo de morte. os indícios estão por todo o lado e têm vindo a acumular-se com o robustecimento do seu índice de natalidade chinês. basta prestar atenção. vejamos: as coisas somem-se. misteriosamente, subitamente, com o maior prejuízo possível, a maior parte das vezes. e depois, quando reaparecem, se é que o fazem, é sempre nos locais mais improváveis e, de certeza, mais inatingíveis. o que prova que, ao contrário das aparências, os objectos têm movimento próprio - o que prova uma consciência de si mesmo e uma hostilidade tenaz. é que esta manifestação de inteligência inorgânica ainda é mais saliente quando reparamos na quantidade de acidentes - "acidentes"! - relacionados com objectos. dos mais variados, desde carros e brocas a obuses e catanas. todos estão juntos nisto, numa cumplicidade que causa estupor. até os mais inocentes, os que aparentemente terão sido manufacturados para fins benignos, se revelam capazes de instintos da mais torpe natureza. chupetas, por exemplo. estão sempre a cair no chão! debruçando-nos sobre este tema escaldante, estamos a conduzir uma investigação aturada sobre as prováveis causas do problema, vagamente dificultada pelo facto dos objectos se escusarem a responder às nossas perguntas, mas já chegámos a algumas conclusões, nomeadamente que se trata de uma questão de índole psicológica. um tipo de ressentimento. uma raiva impotente. um complexo, vá. e um vasto sentimento de superioridade de quem sabe que é muito mais numeroso que nós. temos consciência que corremos perigo. mas nós já os topámos.

nostalgia


um dos maiores cineastas do mundo, Andrei Tarkovsky, tinha aparentemente o hábito de se passear com uma câmara polaroid e de a usar amiúde, com a sua família, nas suas viagens, no trabalho, quando reflectia. sessenta das suas imagens, que poderíamos apelidar de doces, foram reunidas num livro publicado pela thames & hudson sob o título instant light.

ambos, artista e ferramenta, se encontram ausentes.

monica


não deixa de ser espantoso o tempo que demorámos a decorar o nosso blob com uma imagem da companheira do vincent cassel.

(fotógrafo desconhecido)

uma sugestão: marc craste


marc craste trabalha no studio aka, uma empresa inglesa de conteúdos digitais, sobretudo de animação para publicidade.
marc craste é um génio. os seus filmes têm um ambiente único, testemunhado na série das pica towers, cuja obra-prima é a animação Jojo in the stars, vencedora de vários prémios (e apenas disponível em dvd). mas para terem uma ideia, podem ver aqui, aqui e aqui as três minúsculas animações que a antecedem e que estabelecem o tom da série.

a clockwork apple

visão realista sobre o sucesso da apple e de steve jobs, no site da wired. pragmatismo, carisma, micro-gestão, secretismo e design.

excerto:

"It has become a shorthand mission statement for Silicon Valley, encompassing a variety of ideals that — proponents say — are good for business and good for the world: Embrace open platforms. Trust decisions to the wisdom of crowds. Treat your employees like gods. It's ironic, then, that one of the Valley's most successful companies ignored all of these tenets. Google and Apple may have a friendly relationship — Google CEO Eric Schmidt sits on Apple's board, after all — but by Google's definition, Apple is irredeemably evil, behaving more like an old-fashioned industrial titan than a different-thinking business of the future. Apple operates with a level of secrecy that makes Thomas Pynchon look like Paris Hilton. It locks consumers into a proprietary ecosystem. And as for treating employees like gods? Yeah, Apple doesn't do that either."

mondo Von Unwerth






um site de referência para a fabulosa ellen, com toneladas de informação e imagens.

imagens necessárias: Witkin


The beginning of fashion in Paris (2007)

retirado daqui.

uma sugestão: chris anthony


mais surrealismo pop aqui.

I am the dream that waking does not end

O som abafado da música ecoa ao longo do corredor que A percorre. O caminho é sinuoso, iluminado por néons cuja luz intermitente produz um zumbido característico. Os stilettos dificultam a sua progressão. Quando se apoia nas paredes demasiado próximas sente na ponta das luvas a tinta descascada, a textura da decomposição.

A sente um misto de excitação e mal-estar. Avança devagar, mecanicamente. O som repetitivo das vagas percussões tem uma qualidade hipnótica, induz-lhe uma vertigem doce. Olha sempre em frente, como se à procura de movimento nas sombras que a vão acolhendo, o torso implodido pelo espartilho oculto. Cada inalação fá-lo enterrar-se na carne, sem concessões nem recuos, a pressão transmutando-se num sentimento de desprendimento que não deixa de achar adequado a este momento.

À sua esquerda, o súbito contorno de uma porta. Empurra-a e ela cede, oleada. Parada no corredor, A perscruta o interior.

Uma sala vasta, mais ocultada que revelada pela luz bruxuleante de um longínquo candelabro no chão. Lambida pelo fogo, a silhueta de uma cadeira de braços, maciça. A entra e aproxima-se dela, acompanhada pelo ressoar dos saltos na madeira. No veludo do assento, está pousado um capuz negro.

Olha em volta, mas as sombras permanecem inertes. Com mãos incertas, debruça-se e coloca o capuz, que se revela justo, necessita de ir sendo alisado até cobrir toda a cabeça, engolindo o cabelo curto e moldando as suas feições como uma segunda pele. Apertando um a um os atilhos do cimo da cabeça até à parte de trás do pescoço, descobre que apenas existem aberturas para as narinas e dois pequenos rasgos para os olhos. Fechando-os infinitamente devagar, revê-se no espelho da sua mente com a silhueta da cintura impossivelmente justa, uma estátua de rosto de ébano, indistinto como as sombras que o envolvem.

Subitamente uma mão pousa-se no seu ombro nu, uma presença materializa-se ao seu lado. O toque é firme, A não se volta, deixa-se guiar de volta à cadeira. A pressão convida-a a sentar-se, na pose rígida permitida pelo torniquete do espartilho.

Uma voz feminina, vinda detrás da luz, murmurada, recita um longo poema. A deixa-se afundar no turbilhão de palavras pausadas e repetidas, que remetem para tempos imemoriais, um chamamento das forças residentes que se perpetua num ritual de entrega que bebe dos fantasmas dormentes de cada nova mente a elas entregue, a comunhão com a Sombra. A escorrega lentamente para o interior dos quadros formados pelas imagens que vão surgindo, cada vez mais vivas. Um vago temor eriça-lhe a pele, o coração acelera-se-lhe. Sente-se muito cansada. A voz continua, com uma lentidão insustentável, confunde-se com a escuridão, é a escuridão.

vagueia pela casa, labirinto silencioso. sobe escadas de mármore sem fim, a sua mão enluvada desliza ao longo do corrimão, contacto único com o presente, com o aqui. olhos fechados, caminha com uma determinação ausente.

sente, cheira o ar da noite. abre os olhos para ver diante de si uma piscina de pedra negra. a água totalmente imóvel está vestida de estrelas. ouve os seus próprios passos ecoarem ao longo da borda

Tenta abrir a boca para falar, mas o capuz cola-lhe os lábios. Apalpa-o febrilmente, mas não encontra forma de se libertar, fundiu-se com a pele. A claustrofobia fá-la levantar-se de um salto. Tenta caminhar, mas o chão foge-lhe sob os pés, é incapaz de se mexer. Um gemido abafado é imperceptível do interior da prisão facial.

no reflexo da piscina está nua, à excepção do capuz negro. a água move-se imperceptivelmente na sua direcção, tem a viscosidade de um óleo espesso, morno ao toque, que a envolve lentamente, sobe pelas pernas, cobre a pele

Sente, mais do que vê, sombras entre as sombras perto de si.

- Bem-vinda...

um Hostel polaco?

depois de reler atentamente a sinopse, ficámos fãs deste filmie de turismo polaco.
quando é que se decidem a organizar cá um festival de cinema de terror polaco contemporâneo como deve ser, hã?

meninas em perigo aqui.

My name is Brule, Steve Brule

John C. Reilly é um génio.

Steve "I'm not ready" Brule!

Maybe tomorrow

"WICHITA - Authorities are considering charges in the bizarre case of a woman who sat on her boyfriend's toilet for two years - so long that her body was stuck to the seat by the time the boyfriend finally called police. (...)

"She was not glued. She was not tied. She was just physically stuck by her body," Whipple said. "It is hard to imagine. ... I still have a hard time imagining it myself."

He told investigators he brought his girlfriend food and water, and asked her every day to come out of the bathroom.

"And her reply would be, 'Maybe tomorrow,"' Whipple said. "According to him, she did not want to leave the bathroom."


mais um caso de feliz entendimento entre dois seres. apesar do claro adultério dela com a sanita da casa (dele), permaneceram juntos durante dois anos. 2 anos.


história completa aqui.


citação clássica

"people have become so [intellectually] impoverished, that they can no longer afford to pay attention."

In Escritos no Ecrã, vol. I, pp.208-209

ecce homo

após longa e madura reflexão, afinal apetece-nos manter o belog, porque pretendemos manter o mundo ao corrente (todas as segundas-feiras, de manhãzinha) das nossas descobertas relativas ao processo de averiguação da veracidade da conclusão do Professor Douglas Adams quanto à Resposta Suprema. Seguindo a par e passo todas as deambulações mentais, matemáticas e metafísicas do sábio, as nossas próprias conclusões levaram-nos inexoravelmente ao número 76597.30019588, o que se nos afigura preocupante por não incluir o algarismo 4. trágico é nem mencionar o 2. enfim, não entremos (já) em pânico.

terceiro post

portanto, na sequência do que vem atrás, a irrefutável conclusão que se nos impõe é a de que nada pode ser provado sem recurso ao que chamaríamos de "contrato de adesão" com a Natureza, ou seja, à aceitação sem reservas mentais de todas as cláusulas propostas pelo ente denominado realidade. o que é, naturalmente, inaceitável e por conseguinte postula o fim da civilização tal como julgamos conhecê-la. pelo menos no sentido da nossa percepção do real como ficção necessária para a delimitação do mapa.
concluído o nosso humilde contributo para o correcto entendimento do sentido da vida (se de lá para cá, se de cá para lá), não vislumbramos qualquer razão para continuar a manter este blob.