easy nem sempre does it

os jogos electrónicos encontram-se numa fase interessante da sua (ainda) curta vida. a tecnologia permite-lhes enveredar por um de dois aparentes caminhos possíveis: imitar a vida, simplificando ao máximo o interface e o modus operandi, de modo a se poder jogar de maneira quase intuitiva (veja-se a wii) - e simultaneamente alargando a base de jogadores em termos de idade; ou imitar a vida, tornando os jogos realmente complexos e desafiadores em termos de multi-tasking, obrigando o utilizador a uma concentração absoluta - e dando-lhe igualmente acesso a uma satisfação mais absoluta. se os jogos ditos "familiares" tomarão certamente a primeira via, apostando na acessibilidade, a via dolorosa do desafio impossível vai-se tornando cada vez mais apetecível, pois apenas esta proporciona uma imersão total no micro-universo lúdico e consequentemente maior emoção (na vitória ou na derrota). aliás, o que parece actualmente complexo a uma certa geração, creio que já é relativamente trivial para a mais nova, pois os jogos (bons) estão a ajudar a desenvolver as suas multi-capacidades naturais. mas leiam este interessante artigo na wired sobre o assunto, a propósito do jogo The World Ends With You ou TWEWY (um dos melhores nomes de jogos de sempre), um rpg para a nintendo ds. vale a pena.
"TWEWY offers a combat system that is incredibly innovative and brilliant -- but also impossibly, annoyingly convoluted. It defied me to hurl my DS against the wall."

"At that point, it becomes a matter of pride. You're handed a really hard-to-control race car, and you've been dared to drive it. Sure, you're going to crash it at first -- but just imagine how much fun it'll be when you're in control."

"It's fun to excel in any game, of course. But when you excel in a game with such an aggressively challenging control system, it's more than success: It's like you've grown a third eye."

"(...) there will always be a particular joy that comes from a game that asks you to rise above yourself."

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