batman: ano zero

tal como os leitores mais arcanos deste blob já sabem, sou senhor de alguma afeição pelo cavaleiro das trevas e por conseguinte não me contive a assinalar o melhor comentário que vi a um filme que ainda não vi (na verdade, a dois). arguto, sincero e conhecedor, o artigo talvez mereça ser lido antes e após o visionamento do(s) objecto(s) fílmico(s), para esclarecimento e engrandecimento mental das hostes. porque é justamente sobre a mente de batman que se fala: a sua arma mais temível e que é tão ignorada pela voragem do fluxo imagético. ao contrário das percepções mais correntes, não são os gadgets ou a preparação física que fazem de batman um super-herói, mas a sua inteligência ao serviço de uma vontade férrea e de uma visão, bem, sombria, mas sempre genial. a sua capacidade de contemplação mais do que a sua habilidade para a acção.
mais uma vez se confirma: a velocidade pode matar.

>"Nolan has dropped the ball on one of the most compelling ideas comic books have established about Gotham City's most famous resident: that his heroism doesn't come from his batarangs and right hook, but from his magnificent, brooding mind."
>"Arguably, he's totally insane -- or maybe he's "super-sane," a person whose mind has adapted to bizarre and painful circumstances in radical but very useful ways. And it's Batman's mind that's at the core of the best stories about him."
>"In a story about the relationship between madness and a detective's logic, which is what most of the best Batman stories are, the reader's own mind has to be given room to work, gazing at pictures and working out what happens in the space between panels."