e-mail já não é o mail


o e-mail está a cair em desuso. pelo menos pelas camadas mais novas. o que é natural, vejamos: os adolescentes querem conversar, não se querem escrever cartas (sem ser de amor, e mesmo essas...) e o e-mail está mais próximo destas do que de um diálogo animado - isso é IM, Facebook e outras formas de comunicação quase instantânea e light. eu próprio já fui confrontado amiúde com essa diferença - para trocas rápidas e curtas de informação, o e-mail talvez já não seja o mais prático; é ainda o ideal, contudo, para comunicações extensas e estruturadas (a forma do e-mail ainda é algo... formal). e esta é uma diferença geracional, realmente - o multi-tasking de fogo rápido comunicativo tem muitas vezes pouco sumo, mas resolve e cumpre os seus objectivos de curtíssimo prazo com assinalável eficácia. a nova sintaxe está aliás em curso, em acordo mais que ortográfico, puramente gráfico e directo. perde-se discurso reflexivo, ganha-se dinamismo e pluri-referenciação geo-temporal. mas, convenhamos, ganha sempre o futuro.
artigo interessante sobre isto mesmo no slate.com.
"According to a 2005 Pew study, almost half of Web-using teenagers prefer to chat with friends via instant messaging rather than e-mail. Last year, comScore reported that teen e-mail use was down 8 percent, compared with a 6 percent increase in e-mailing for users of all ages."

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