gostava de viver dentro de um vídeo

Daniel Askill decidiu fazer um vídeo sobre três pessoas que decidiram não morrer, chamado we have decided not to die, sendo uma delas ele.
eu tomo essa decisão todos os dias (tendo o cuidado de acrescentar "today"), mas às vezes tenho medo de me esquecer.
por isso, vou-me filmar a mim próprio a amandar-me para dentro de um vulcão em actividade em câmara (muito) lenta, para evitar deslizes de memória. estou actualmente a reunir a equipa técnica. mas está difícil.

nós somos a informação que produzimos


a obsessão de muitas pessoas em se medirem a si próprias, em se auto-analisarem, -controlarem, -vigiarem, -quantificarem, -observarem, é uma forma de provarem que mais facilmente existem na terceira pessoa do que na primeira. se somos o nosso único ponto de referência, como poderemos ter a certeza que não estamos (a ser) enganados, que somos pura consciência ou percepção? e ao considerar o meu cérebro como algo que existe em mim, o que é então "mim"?
estas considerações irrelevantes ganham acuidade com a proliferação de engenhos, físicos e virtuais, para executarem continuamente o nosso check-up existencial, através da infinita quantidade de informação que deitamos cá para fora, que armazenamos e que, em última análise, nos define aos olhos dos outros. ou seja, de nós próprios.

Data is truth. It calls you on your bullshit. And at its core, that seems to be what the quantified self is ultimately about.

50% a 75% menos correntes



simpatizo totalmente com este tipo de problemas editoriais. afinal, há que estimular a criatividade, chiça.
e adoraria comparar a lista da miss roubicek com a minha.

ataque das alforrecas imortais


claramente, as alforrecas sabem muito mais do que o brad pitt. é um facto científico: as turritopsis nutricula estão a invadir os oceanos, são oficialmente imortais e provavelmente os animais mais inteligentes do mundo. senão, vejamos: depois de atingirem a maturidade sexual (um período complicado para as alforrecas, logo a seguir à idade do armário), quando coisam, revertem para uma forma juvenil (mais pequenina do que os 5 mm que normalmente têm, pelo que vão demorar um bocado a encher os mares). ou seja, rejuvenescem. que é o que acontece a todos os machos depois de coisarem, mas com uma pequena diferença: passa-se tudo na cabeça deles. aqui, não. as alforrecas herdarão o mundo. desde que coisem. portanto, fixem:
alforrecas + sexo = imortalidade

enquanto os pais vão ao centro comercial


ah, a emoção das brincadeiras de criança, a sensação de ser tudo mesmo a sério, a ingenuidade de acreditar em monstros!


prova de que os extraterrestres aterraram há muito tempo e são os japoneses







continuo a ter vontade de ir ao japão. tenho a noção de que o país é super-normal, sereno, sério e cinzento e que estas coisas são produtos de propaganda para os gaijin, para os manter afastados do seu solo sagrado, alimentando e satisfazendo esta fantasia de surrealismo-zen on acid.
mas a mim não me enganam.

o carro do toshiro mifune se ele fosse o batman


até parece que sou obcecado por carros. não sou. nem tenho carro. e nem conheço quem tenha.
mas isto é outra coisa.
isto é (adivinharam, mais uma vez) pujança. isto é o cruzamento entre um sabre de samurai (ou o seu kimono, pronto), o batmobile e um búlgaro (óbvio). e é um audi (ou será).
já tive um.
audi.
pois.

o destino da humanidade comentado por dois sobrehumanos


estamos fodidos.

cinema em casa


a experiência de imersão total de um videojogo corresponde à tentativa de um cinema interactivo (deixando portanto de ser cinema), onde o espectador mergulha no ecrã, passando a ser actor (e, quem sabe, com laivos de realizador). a convergência entre os dois meios faz-se sentir há muito - e apenas o cinema tem sofrido com isso, começando agora por fim a desenhar-se um futuro mais radioso - mas continuo a maravilhar-me com a pujança e a possibilidade das imagens emprestadas para um jogo, como no "cinematic teaser" do diablo 3, por exemplo.

o papel já não vem das árvores

Clear é a primeira revista 100% reciclável, feita inteiramente de papéis sintéticos e portanto sem recurso a abate de árvores na imprimição das suas paginaduras. além disso, parece gira.

recuso-me a publicar esta imagem


bolas.
isto não é maneira de começar o ano. a crise afinal chega mesmo a todos.

más notícias para os ratos



apesar de o senhor achar que isto não vai chegar ao mainstream e que parece só bom para jogos e stuff, aqui o moi pensa que isto é mais um passo decisivo na direcção do inevitável: o corpo como derradeiro interface. homo ex machina.

nos jogos electrónicos, o grafismo é tudo


Crayon Physics Deluxe from Petri Purho on Vimeo.

mais uma prova da grande convergência. e um excelente ponto de entrada para miúdos, parece-me.

provavelmente, eu não conseguiria

vale a pena chegar ao 6º minuto.



isto para mim é pior que o blair witch. três perguntinhas apenas:
- como é que se consegue estar a filmar o tempo todo?
- como é que se terá construído esta coisa do demo?
- e se se levanta uma ventania??

a banda desenhada educa a juventude

e esta, hein?
se bem que, pensando melhor, a única diferença é que ele vai querer chupar sangue em vez de comer cérebros. e não pode andar ao sol. embora se possa mexer mais depressa.

carros é tão ano passado


hel-lo, se fosse eu a mandar (em tudo, todos e para sempre) isto é o que faria com aqueles bilhões que os muitos americanos deram aos poucos americanos para ajudar a fazer carros melhores (coitados, não sabem mesmo nada de nada). híbridos? duh, as if!