nós somos a informação que produzimos


a obsessão de muitas pessoas em se medirem a si próprias, em se auto-analisarem, -controlarem, -vigiarem, -quantificarem, -observarem, é uma forma de provarem que mais facilmente existem na terceira pessoa do que na primeira. se somos o nosso único ponto de referência, como poderemos ter a certeza que não estamos (a ser) enganados, que somos pura consciência ou percepção? e ao considerar o meu cérebro como algo que existe em mim, o que é então "mim"?
estas considerações irrelevantes ganham acuidade com a proliferação de engenhos, físicos e virtuais, para executarem continuamente o nosso check-up existencial, através da infinita quantidade de informação que deitamos cá para fora, que armazenamos e que, em última análise, nos define aos olhos dos outros. ou seja, de nós próprios.

Data is truth. It calls you on your bullshit. And at its core, that seems to be what the quantified self is ultimately about.

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