jogos de tabuleiro


Le Jeu de Paris en Miniature
Game board etching published in 1815 by Veuve Chéreau. Features ninety numbered pictorial compartments, each depicting a shop sign in Paris, with a literal interpretation of its name, a description of what it sells and its address; the winning square is 'Au Retour d'Astrée'; in the centre the rules.



Filosofia cortesana de Alonso de Barros
Etching/engraving made by Mario Cartaro in Venice in 1588. The game squares, numbering up to 63, lead to the ships sailing in the centre of the board on the 'sea of suffering'.



The Noble Game of the Swan
Another linen-backed etching - presumably for the children of the elite - from 1821, published in London by William Darton. The nineteen compartments of the swan game board includes the British Museum (No. 3). The game board came complete with a rule book, an etching of some swans and a slip case.

pretty in pink


este projecto de jeongmee yoon é fabulástico. há que redescobrir o cor de rosa dentro de nós (machos peludos).
Pink was once a color associated with masculinity, considered to be a watered down red and held the power associated with that color. (...)
As modern society entered twentieth century political correctness, the concept of gender equality emerged and, as a result, reversed the perspective on the colors associated with each gender as well as the superficial connections that attached to them .
(...)
The differences between girls’ objects and boys’ objects are also divided and affect their thinking and behavioral patterns.

more human than human


será realmente possível transferir algo da essência do humano para um objecto inanimado que nos está próximo? não terá o próprio espelho um pouco de nós? serão os objectos a nossa real razão de existir? será que se podem adoptar bonecas?

dickhead



houve uma altura em que eu decidi ler apenas Philip K. Dick e Boris Vian durante o resto da minha vida. entretanto, suicidei-me.

o manifesto mais relevante que li hoje

I live on the Earth. The Earth is a planet. This fact is okay. I am living in truth.

You need to re-think your relationship to material possessions in terms of things that occupy your time. The things that are physically closest to you. Time and space.


The items that you use incessantly, the items you employ every day, the normal, boring goods that don't seem luxurious or romantic: these are the critical ones. They are truly central. The everyday object is the monarch of all objects. It's in your time most, it's in your space most.

Stuff breaks, ages, rusts, wears out, decays. Entropy is an inherent property of time and space. Understand this fact. Expect this. The laws of physics are all right, they should not provoke anguished spasms of denial.

This material culture of today is not sustainable. Most of the things you own are almost certainly made to 20th century standards, which are very bad.

You should be planning, expecting, desiring to live among material surroundings created, manufactured, distributed, through radically different methods from today's. It is your moral duty to aid this transformative process. This means you should encourage the best industrial design.



a queda



at the end of the day, as crises são todas parecidas. o mal feito é que não.

star trek: a new hope


afinal o impossível pode mesmo acontecer, demora é um bocadinho mais. foi preciso o j.j. para que um trailer de star trek tenha acção a sério, sexo prometedor, monstros convincentes, e sobretudo, aquela qualidade oh tão esquiva... pinta. já viram bem a enterprise?
agora até parece que vão transformar o trailer num filme e tudo. o futuro dá um presente muito interessante, realmente.

só há uma coisa para fazer em novembro



ir até Toronto.

o direito de copiar

este artigo de Cory Doctorow é suficientemente claro para se perceber melhor o que está em causa com a actual guerra de copyright versus cópias: a apropriação da cultura como um bem e não como a expressão natural de um fluxo de comunicação e troca entre seres humanos. tal como a internet é, neste momento, por exemplo.
Let me say that again: the reason copyright exists is because culture creates a market for creative works. If there was no market for creative works, there'd be no reason to care about copyright.
Because if copying on the Internet were ended tomorrow, it would be the end of culture on the Internet too.
este ponto de vista é reforçado e complementado por sugestões de acção legislativa neste texto de Pamela Samuelson.
Maybe it was ok that copyright law was really abstruse at a time when the only people who needed to know anything about it were the industry lawyers who essentially were mediating these kind of inter-industry disputes. If they knew what it meant and nobody else did, who cared, as long as it just applied to them. But now that copyright law is really affecting and regulating our daily activities, we the people deserve a copyright law that’s simple, that’s fair, that’s balanced, and that gets us to a much better way of thinking about what good role copyright law can play.
é natural que seja necessária uma lei sobre copyright, afinal vivemos em sociedade e ubi societas, ibi ius, mas as leis devem servir a justiça e a equidade e acompanhar a vida e realidade dos homens (e mulheres, pronto). e, ao contrário do que possa eventualmente parecer ao olhar de um leigo, as leis não são feitas pelos advogados.

já era duvidoso na altura


a publicidade nunca é inocente, mas a demanda desbragada pelo factor choque ou surpresa, ao confundir limites, pode revelar-se curiosamente ingénua (ou meramente cega).
mas tudo é uma questão de timing (a madame butterfly tinha quinze primaveras).

uma capa para começar bem o dia


parece que, quando alguém se transforma num Lanterna Vermelha, vomita todo o seu sangue para que possa ser substituído por ódio. li na internet, portanto deve ser verdade de certeza.

núm3ros

Depicts 83,000 Abu Ghraib prisoner photographs, equal to the number of people who have been arrested and held at US-run detention facilities with no trial or other due process of law, during the Bush Administration's war on terror.

Depicts two million plastic beverage bottles, the number used in the US every five minutes.

números grandes, mais uma vez. mas estes são nossos, bem nossos. porque são de coisas que nos pertencem e que nos vêm morder no rabo quando as olhamos suficientemente de perto. a ligação que os números fazem entre as coisas e nós próprios fazem-nos pensar, porque de repente a noção de escala se torna relevante e importante. porque os números querem dizer alguma coisa. e chris jordan - paladino activista de uma arqueologia contemporânea do caos - deixa-os falar. é bom que ouçamos, antes de ficarmos soterrados.

(via aspirinab)

a ficção científica pode enlouquecer-vos



ou pelo menos este livro pode. aparentemente, o autor já estava razoavelmente demente - ou para lá de ganzado - quando o regurgitou nos idos de 1976. prova # 1: o enredo. excerto aleatório:
"The lemon girl and her boyfriend turn out to be from beyond the Zone, or two jumps removed from our reality, or something. It's kind of confusing. And the Superclown turns out to have been trained since birth to fight the Time Snake, or at least that's what the lemon girl tells him. He has weird memories of his childhood, which turn out to have been images of the Time Snake planted in his mind. Or something. They tell him to go kill the Time Snake and prove he's a man. In the end, the Superclown realizes that the lemon-girl and her mean boyfriend are playing him. The Time Snake is actually nice, and is from the distant future of the human race, and just wants to make friends."
prova #2: o título. que promessa de um showdown pujante.
o mito de se poder escrever melhor sob a influência de drogas que expandam a nossa consciência por vezes obnubila o facto de que os resultados podem ser apenas total e desalmadamente desassisados. o que não os torna menos divertidos, vejamos. adorava ver a adaptação ao cinema deste.
nota - há indícios de potenciais provas residuais que apontam na direcção de este livro poder ter criado, sozinho, uma singularidade penetradora do espaço-tempo e assim ter desencadeado o dark flow. consta.

sam weber




sam nasceu no alasca.

mas nada disto interessa, porque há estruturas desconhecidas a puxar-nos inexoravelmente para o fim do universo. dark flowww

há alguma coisa lá ao fundo


adoro este tipo de descobertas. os cientistas descobriram que existe algo, estruturas desconhecidas (brrr), para lá do nosso horizonte cosmológico - que fica a cerca de 14 biliões de anos-luz de distância - a puxar o nosso universo (e tudo o que nele está contido, tipo nós) na sua direcção, à velocidade de mais de 3 milhões de quilómetros por hora. este fenómeno tem o nome fascinante de dark flow (tem mais pinta do que aspirador pós-cósmico). e levanta um par de questões interessantes, do tipo: se há um , tratar-se-á de outro universo? que tipo de força poderia chupar assim o nosso? será este o anti-big bang (ou a formação de outro, no universo ao lado)? porque é que os cientistas ficam famosos a fazer perguntas a que ninguém sabe responder (mas soam bem em ocasiões sociais)? portanto, das duas uma: ou se trata da descoberta mais importante do multiverso - algo que apenas saberemos daqui a uns biliões de anos, se ainda cá estiver alguém (o santana lopes?) - ou é simplesmente deus a enrolar a cena toda, finalmente farto de não ter ninguém para jogar aos dados.

mas podia ter sido assim


pelo menos no universo da marvel.
o daily bugle acabou por reconhecer ter-se precipitado e retractou-se. enfim, menos mal. fica para a próxima. mas foi por pouco. muito, muito, pouco.

deep impact

Propelled by Internet, Barack Obama Wins Presidency

estamos todos de parabéns, portanto.

shitting there


admiro visceralmente os anúncios que vão fundo na penetração dos medos mais recônditos da alma imaculada, desafiando os tabus mais entrosados, subvertendo a moral e os bons costumes da burguesia sentada, descontextualizando clichés psico-sociais, utilizando desbragadamente a herança imagética surrealista - simplesmente para vender desinfectante para sanitas.
assim se lida de modo frontal com um dos supremos horrores do modo anal. repensar a sanita. eis o que faz falta. a relação com o Outro através da transmissão de germes inscrustados em resíduos secos colados em pêlos púbicos. a (perigosa?) aleatoriedade do alheio no privado e a sua íntima relação com shannen doherty. e as imagens apresentadas revelam o paradoxo último do trono defecador: se fossem invertidas, a mensagem seria a mesma. holy shit.