gostava de viver dentro de um vídeo

Daniel Askill decidiu fazer um vídeo sobre três pessoas que decidiram não morrer, chamado we have decided not to die, sendo uma delas ele.
eu tomo essa decisão todos os dias (tendo o cuidado de acrescentar "today"), mas às vezes tenho medo de me esquecer.
por isso, vou-me filmar a mim próprio a amandar-me para dentro de um vulcão em actividade em câmara (muito) lenta, para evitar deslizes de memória. estou actualmente a reunir a equipa técnica. mas está difícil.

nós somos a informação que produzimos


a obsessão de muitas pessoas em se medirem a si próprias, em se auto-analisarem, -controlarem, -vigiarem, -quantificarem, -observarem, é uma forma de provarem que mais facilmente existem na terceira pessoa do que na primeira. se somos o nosso único ponto de referência, como poderemos ter a certeza que não estamos (a ser) enganados, que somos pura consciência ou percepção? e ao considerar o meu cérebro como algo que existe em mim, o que é então "mim"?
estas considerações irrelevantes ganham acuidade com a proliferação de engenhos, físicos e virtuais, para executarem continuamente o nosso check-up existencial, através da infinita quantidade de informação que deitamos cá para fora, que armazenamos e que, em última análise, nos define aos olhos dos outros. ou seja, de nós próprios.

Data is truth. It calls you on your bullshit. And at its core, that seems to be what the quantified self is ultimately about.

50% a 75% menos correntes



simpatizo totalmente com este tipo de problemas editoriais. afinal, há que estimular a criatividade, chiça.
e adoraria comparar a lista da miss roubicek com a minha.